Inconformados com a decisão do governo de fazer cortes nos salários, militares se reuniram na Avenida 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul, para fazer uma caminhada em protesto contra a medida.
Inconformados com a decisão do governo de fazer cortes nos salários, militares se reuniram na Avenida 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul, para fazer uma caminhada em protesto contra a medida.
Os bombeiros e policiais militares do Acre devem receber menos a partir de janeiro de 2018, conforme decisão do Governo do Acre, após ter recebido uma recomendação do Ministério Público Estadual (MPE).
Os salários vão sofrer cortes entre R$ 91 e R$ 321 sobre o salário e até R$ 800 na sexta parte, garantida aos servidores públicos que cumpriram 25 anos de serviços efetivos prestados.
Logo após a divulgação dos cortes, o subcomandante-geral da Polícia Militar do Acre, coronel Ricardo Brandão apresentou requerimento pedindo exoneração da função.
O representante da Associação dos Militares do Vale do Juruá, sargento Ismael Lima, disse que a decisão do governo desvaloriza a categoria em um ano em que a região apresentou altos índices de violência. Com 41 mortes, número de homicídios em Cruzeiro do Sul aumenta 95% em um ano.
“Infelizmente, essa semana recebemos mais um pacote de maldade por conta do governador do estado. Há três anos consecutivos que o governador nos presenteia com o que há de pior. Nós tivemos um ano atípico, não tivemos baixa em combatentes, mas sofremos ataques”, enfatiza.
Ele diz ainda que algumas cidades da região têm viatura, mas alega que o combustível é racionado devido a uma dívida do governo com postos de combustível.
“As viaturas estão com pouco combustível e a gente faz a nossa parte. Vamos para o quartel, mas não temos as condições necessárias. A população das vilas, nas comunidades mais afastadas, não conseguimos ir, não porque não queremos, mas porque não temos como ir. Estamos nos desdobrando para alcançar todos os lugares, estamos exigindo a valorização”, reclama.
O ex-comandante do Corpo de Bombeiros em Cruzeiro do Sul, coronel da reserva Marcelo Araújo diz que essa situação desmotiva o trabalho de quem está na ativa e envergonha quem já está na reserva. Diz ainda que o governo aprovou a medida de forma traiçoeira.
“Uma traição feita pelo governo com a Segurança Pública em um momento que deveria intensificar os investimentos na área. Sabemos que houve um aumento de R$ 200 mil pra Segurança, sendo que de mídia são R$ 13 milhões para fazer propaganda em ano eleitoral. Estamos aqui dizendo que não concordamos e queremos pedir que não reduza nossos salários. Isso é uma vergonha, nós nos sentimos traídos”, desabafa.
O governo enviou nota ainda na quinta-feira (28) informando que os comandantes da Polícia Militar do Acre (PM-AC), coronel Júlio César, e do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel Carlos Batista, se reuniram nesta com o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Acre (MP-AC), Oswaldo D’Albuquerque.
A ideia, segundo a nota, é buscar caminhos legais para pagar os valores referentes à sexta parte, assim como a complementação do salário mínimo devem ser pagos normalmente, sem nenhuma diminuição, já no início de 2018.
No encontro, um novo prazo para a adequação foi solicitado ao MP-AC. O coronel da PM também descartou qualquer tipo de greve por parte da categoria.
“A maioria da tropa está alinhada e isso já é página virada, pois vai ser solucionado em breve. A tropa está com força total nas ruas trabalhando forte e vamos trabalhar muito nos próximos dias para garantir a segurança da população neste fim de ano e, claro, a partir de janeiro seguindo na luta por uma cultura de paz”, disse em nota ao governo. Com informações do G1.
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Os bombeiros e policiais militares do Acre devem receber menos a partir de janeiro de 2018, conforme decisão do Governo do Acre, após ter recebido uma recomendação do Ministério Público Estadual (MPE).
Os salários vão sofrer cortes entre R$ 91 e R$ 321 sobre o salário e até R$ 800 na sexta parte, garantida aos servidores públicos que cumpriram 25 anos de serviços efetivos prestados.
Logo após a divulgação dos cortes, o subcomandante-geral da Polícia Militar do Acre, coronel Ricardo Brandão apresentou requerimento pedindo exoneração da função.
O representante da Associação dos Militares do Vale do Juruá, sargento Ismael Lima, disse que a decisão do governo desvaloriza a categoria em um ano em que a região apresentou altos índices de violência. Com 41 mortes, número de homicídios em Cruzeiro do Sul aumenta 95% em um ano.
“Infelizmente, essa semana recebemos mais um pacote de maldade por conta do governador do estado. Há três anos consecutivos que o governador nos presenteia com o que há de pior. Nós tivemos um ano atípico, não tivemos baixa em combatentes, mas sofremos ataques”, enfatiza.
Ele diz ainda que algumas cidades da região têm viatura, mas alega que o combustível é racionado devido a uma dívida do governo com postos de combustível.
“As viaturas estão com pouco combustível e a gente faz a nossa parte. Vamos para o quartel, mas não temos as condições necessárias. A população das vilas, nas comunidades mais afastadas, não conseguimos ir, não porque não queremos, mas porque não temos como ir. Estamos nos desdobrando para alcançar todos os lugares, estamos exigindo a valorização”, reclama.
O ex-comandante do Corpo de Bombeiros em Cruzeiro do Sul, coronel da reserva Marcelo Araújo diz que essa situação desmotiva o trabalho de quem está na ativa e envergonha quem já está na reserva. Diz ainda que o governo aprovou a medida de forma traiçoeira.
“Uma traição feita pelo governo com a Segurança Pública em um momento que deveria intensificar os investimentos na área. Sabemos que houve um aumento de R$ 200 mil pra Segurança, sendo que de mídia são R$ 13 milhões para fazer propaganda em ano eleitoral. Estamos aqui dizendo que não concordamos e queremos pedir que não reduza nossos salários. Isso é uma vergonha, nós nos sentimos traídos”, desabafa.
O governo enviou nota ainda na quinta-feira (28) informando que os comandantes da Polícia Militar do Acre (PM-AC), coronel Júlio César, e do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel Carlos Batista, se reuniram nesta com o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Acre (MP-AC), Oswaldo D’Albuquerque.
A ideia, segundo a nota, é buscar caminhos legais para pagar os valores referentes à sexta parte, assim como a complementação do salário mínimo devem ser pagos normalmente, sem nenhuma diminuição, já no início de 2018.
No encontro, um novo prazo para a adequação foi solicitado ao MP-AC. O coronel da PM também descartou qualquer tipo de greve por parte da categoria.
“A maioria da tropa está alinhada e isso já é página virada, pois vai ser solucionado em breve. A tropa está com força total nas ruas trabalhando forte e vamos trabalhar muito nos próximos dias para garantir a segurança da população neste fim de ano e, claro, a partir de janeiro seguindo na luta por uma cultura de paz”, disse em nota ao governo. Com informações do G1.
Militares pedem valorização e que governo volte atrás da decisão (Foto: Anny Barbosa/G1) |
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