Há mais de 11 horas, a cidades do interior do Acre e uma do Amazonas estão sofrendo com a falta de energia devido a um incêndio que atingiu a distribuidora Guascor em Cruzeiro do Sul na manhã desta quarta-feira (3).
Há mais de 11 horas, a cidades do interior do Acre e uma do Amazonas estão sofrendo com a falta de energia devido a um incêndio que atingiu a distribuidora Guascor em Cruzeiro do Sul na manhã desta quarta-feira (3).
A segunda maior cidade do estado está operando com apenas 40% da capacidade de geração de energia.
A área Central foi priorizada, mas muitos bairros ainda seguem sem energia e sem previsão de volta. Mâncio Lima, Rodrigues Alves, e Guajará, no Amazonas, ainda continuam sem luz e sem previsão de retorno.
Com isso, alguns empresários já contabilizam prejuízos e tentam achar maneiras de amenizar o impacto. José Pedrosa, de 67 anos, produz vinho de açaí no bairro da Cobal. Para isso, ele deixa a fruta de molho em água morna e passa o produto em máquina, chamada de despolpadeira.
Nesta quarta, ele iria processar 12 sacas, mas a falta de energia o impediu. Além disso, as duas sacas que já estavam de molho devem ser perdidas.
“Eu vivo disso. É daqui que tiro o sustento de minha família. Compro a saca por R$ 100. As duas que estão de molho já estão azedando. É prejuízo total. Só com as frutas em estoque posso ter prejuízo de R$ 1,2 mil. Sem contar que em cada saco faço em média 30 litros de vinho que comercializo a R$ 7 reais. Se perder essa fruta, não sei como vou me recuperar”, lamenta.
Dono de um pequeno mercantil e açougue em Cruzeiro do Sul, Paulo Bussons diz que logo pela manhã havia comprado dois bois, que não puderam ser cortados e nem refrigerados.
“Estou com medo de perder tudo. O frigorífico que peguei a carne também está sem energia. Só com carne, posso ter prejuízo de R$ 7 mil. Tem os frios, frangos, embutidos e iogurtes. Meu prejuízo pode ultrapassar R$ 25 mil”, diz o empresário.
Zifirino Carvalho é proprietário de um açougue e panificadora no bairro Cobal.
“Hoje [quarta,3] não fiz nenhum pão e não vendi nada dos quase 400 quilos de carne que recebi. Acho que a empresa não deveria priorizar só o Centro, hospitais e órgãos de segurança. Se deram prioridade ao Exército e Polícia Militar, deveriam pedir a estes órgãos um avião para trazer essa equipe de técnicos. Ainda não tenho como prever meu prejuízo, mas na padaria não vendi nada e se a carne estragar meu rombo será maior”, preocupa-se.
O gerente comercial da Eletrobras, José Melo, informou que uma equipe de manutenção está em deslocamento pela BR-364, com previsão de chegada a Cruzeiro do Sul ás 21h e alguns técnicos chegarão por volta das 0h em voo comercial.
Para amenizar os prejuízos, alguns empresários compraram gelo e colocaram em freezer. Outros moradores também tomaram a mesma medida. Com informações do G1.
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A segunda maior cidade do estado está operando com apenas 40% da capacidade de geração de energia.
A área Central foi priorizada, mas muitos bairros ainda seguem sem energia e sem previsão de volta. Mâncio Lima, Rodrigues Alves, e Guajará, no Amazonas, ainda continuam sem luz e sem previsão de retorno.
Com isso, alguns empresários já contabilizam prejuízos e tentam achar maneiras de amenizar o impacto. José Pedrosa, de 67 anos, produz vinho de açaí no bairro da Cobal. Para isso, ele deixa a fruta de molho em água morna e passa o produto em máquina, chamada de despolpadeira.
Nesta quarta, ele iria processar 12 sacas, mas a falta de energia o impediu. Além disso, as duas sacas que já estavam de molho devem ser perdidas.
“Eu vivo disso. É daqui que tiro o sustento de minha família. Compro a saca por R$ 100. As duas que estão de molho já estão azedando. É prejuízo total. Só com as frutas em estoque posso ter prejuízo de R$ 1,2 mil. Sem contar que em cada saco faço em média 30 litros de vinho que comercializo a R$ 7 reais. Se perder essa fruta, não sei como vou me recuperar”, lamenta.
Dono de um pequeno mercantil e açougue em Cruzeiro do Sul, Paulo Bussons diz que logo pela manhã havia comprado dois bois, que não puderam ser cortados e nem refrigerados.
“Estou com medo de perder tudo. O frigorífico que peguei a carne também está sem energia. Só com carne, posso ter prejuízo de R$ 7 mil. Tem os frios, frangos, embutidos e iogurtes. Meu prejuízo pode ultrapassar R$ 25 mil”, diz o empresário.
Zifirino Carvalho é proprietário de um açougue e panificadora no bairro Cobal.
“Hoje [quarta,3] não fiz nenhum pão e não vendi nada dos quase 400 quilos de carne que recebi. Acho que a empresa não deveria priorizar só o Centro, hospitais e órgãos de segurança. Se deram prioridade ao Exército e Polícia Militar, deveriam pedir a estes órgãos um avião para trazer essa equipe de técnicos. Ainda não tenho como prever meu prejuízo, mas na padaria não vendi nada e se a carne estragar meu rombo será maior”, preocupa-se.
O gerente comercial da Eletrobras, José Melo, informou que uma equipe de manutenção está em deslocamento pela BR-364, com previsão de chegada a Cruzeiro do Sul ás 21h e alguns técnicos chegarão por volta das 0h em voo comercial.
Para amenizar os prejuízos, alguns empresários compraram gelo e colocaram em freezer. Outros moradores também tomaram a mesma medida. Com informações do G1.
Empresário estão há mais de 11 horas sem energia em cidades do Acre e Amazonas (Foto: Adelcimar Carvalho/G1) |
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