A ASUS lançou sua nova linha de smartphones como parte da MWC 2018 e chamou a atenção principalmente por dois pontos: o design com tela recortada, que lembra muito ao do iPhone X, e o preço inicial baixo de seu top de linha, o Zenfone 5z.
A ASUS lançou sua nova linha de smartphones como parte da MWC 2018 e chamou a atenção principalmente por dois pontos: o design com tela recortada, que lembra muito ao do iPhone X, e o preço inicial baixo de seu top de linha, o Zenfone 5z.
Falando sobre o polêmico notch na tela dos Zenfone 5 e 5z, o executivo afirmou que a decisão foi motivada em parte pelo desejo de dar às pessoas o que elas desejam em novos smartphones: telas maiores, que ocupam mais espaço na frente dos celulares e têm menos bordas. Campos afirma que a ASUS não vai agir feito marcas como Nokia e BlackBerry, que se recusaram a se adaptar ao mercado e acabaram perdendo quase todo seu espaço.
"Não vou fazer como a BlackBerry, deixar de acompanhar as tendências e acabar morrendo'
Isso, é claro, não significa abrir mão de tudo, já que elementos marcantes de design devem continuar. É o caso dos círculos concêntricos na traseira, que continuam nos novos Zenfones. “Além disso, quase 80% da produção de telas lá na China agora está seguindo para o modelo com notch, então a maioria das marcas vai seguir por esse caminho de uma forma ou de outra. Quem bater o pé e fizer questão de não usar o recorte, vai ter que pagar mais caro porque a produção vai ser menor. É isso o que vocês vão ver até o final do ano”, pontua Campos.
“O chip da Qualcomm [Snapdragon 845] começou a ser disponibilizado agora, então a gente tem três unidades de engenheiro que estavam aí, mas não estão estáveis. Demora para você deixar estável, escrever e atualizar toda a parte de drivers, então a gente resolveu não colocar em todos os lugares”, afirma o executivo.
“Você imagina, o produto vai estar disponível [no mercado global] em junho, então é cedo para mostrar ele agora e a imprensa sair matando, dizendo que o produto não funciona direito, sem entender que a gente está desenvolvendo ele ainda. Todo produto, não importa qual, quando você está desenvolvendo, no começo é todo bugado, e depois você vai arrumando até ele ficar bom”, explica.
“Uma das coisas que percebemos é que nosso planejamento para todos os produtos, de fazer anualmente um refresh da família inteira, não funciona mais. Mudamos o número, o que faz a pessoa entender que é uma nova geração, e focamos nisso. E no Zenfone 5 você essa mudança acontecendo. Não é aquele monte de aparelhos. Falamos em três dispositivos, e dois deles são muito parecidos, o 5 e o 5z”, pontua.
“Fazer isso, usando as mesmas partes e mudando a placa lógica, processador, memória e essas coisas, é na verdade para ganhar mais escala de produção. A gente ainda não é grande como uma Samsung, Apple. Estamos brigando para encontrar nosso lugar ao sol. Nesse processo, precisamos aumentar o número de peças que são parecidas para ter um custo melhor. Isso mudou bastante para os Zenfones 5 e o 5z, que têm uma diferença de preços bem menor do que entre o 4 e o 4 Pro. Estamos aprendendo como fazer o flagship chegar com um custo muito mais baixo”, explica.
“Por exemplo, o Zenfone 4 Pro eu também achava que não tínhamos que levar porque não iríamos fabricar localmente e o preço sairia perto dos R$ 6 mil. Tá louco, né? Imagina. Vocês estão metendo o pau por causa do notch [na tela], imagina se tivesse o preço da Apple. Então falamos: ‘okay, não dá’. E a gente brigou, eu briguei bastante, inclusive, para convencer todo mundo a trazer o [modelo da geração passada com o Snapdragon] 660 para o Brasil, porque aí teríamos um aparelho em um posicionamento completamente diferente”, afirma.
Falando do Zenfone 4 com essa configuração, a pouca disponibilidade do produto logo após o lançamento incomodou os fãs da marca. “A gente trouxe o 660 importado, subsidiando o preço dele para ver como ele se comportava, e ele não parava. Trazia, por exemplo, 300 unidades importadas, batia no nosso site de vendas e no mesmo dia acabava, em questão de horas”, explica Campos, dizendo que a empresa então decidiu fabricar esse modelo no Brasil.
“Só que precisamos fazer outra configuração para ter o preço mais competitivo, e para isso tem que ter outro registro na Anatel, o que leva mais dois meses. Depois tem que mudar toda a parte de peças e preparar a fabricação no país para o 660. Isso tudo levou mais 3 ou 4 meses. Foi o tempo que a gente precisou para trazer esse modelo com 4 GB de RAM e deixar competitivo. Hoje tem unidades para caramba [nessas configurações]”, ressalta.
Falando sobre o polêmico notch na tela dos Zenfone 5 e 5z, o executivo afirmou que a decisão foi motivada em parte pelo desejo de dar às pessoas o que elas desejam em novos smartphones: telas maiores, que ocupam mais espaço na frente dos celulares e têm menos bordas. Campos afirma que a ASUS não vai agir feito marcas como Nokia e BlackBerry, que se recusaram a se adaptar ao mercado e acabaram perdendo quase todo seu espaço.
"Não vou fazer como a BlackBerry, deixar de acompanhar as tendências e acabar morrendo'
Isso, é claro, não significa abrir mão de tudo, já que elementos marcantes de design devem continuar. É o caso dos círculos concêntricos na traseira, que continuam nos novos Zenfones. “Além disso, quase 80% da produção de telas lá na China agora está seguindo para o modelo com notch, então a maioria das marcas vai seguir por esse caminho de uma forma ou de outra. Quem bater o pé e fizer questão de não usar o recorte, vai ter que pagar mais caro porque a produção vai ser menor. É isso o que vocês vão ver até o final do ano”, pontua Campos.
Ausência do Zenfone 5z
Por mais que o Zenfone 5z seja o modelo mais poderoso entre os que foram anunciados pela ASUS na MWC, o aparelho não estava disponível para testes na ocasião – apenas duas ou três unidades em fase de engenharia estavam por lá com funcionários não identificados, mas não podiam ser facilmente testadas. Questionado sobre a ausência, Marcel Campos disse que havia planos de levar o top de linha para o evento, mas ele não ficou pronto a tempo.“O chip da Qualcomm [Snapdragon 845] começou a ser disponibilizado agora, então a gente tem três unidades de engenheiro que estavam aí, mas não estão estáveis. Demora para você deixar estável, escrever e atualizar toda a parte de drivers, então a gente resolveu não colocar em todos os lugares”, afirma o executivo.
“Você imagina, o produto vai estar disponível [no mercado global] em junho, então é cedo para mostrar ele agora e a imprensa sair matando, dizendo que o produto não funciona direito, sem entender que a gente está desenvolvendo ele ainda. Todo produto, não importa qual, quando você está desenvolvendo, no começo é todo bugado, e depois você vai arrumando até ele ficar bom”, explica.
Barateando o top de linha
Na geração anterior, a ASUS decidiu não levar seu top de linha, o Zenfone 4 Pro, para o mercado brasileiro, alegando que ele acabaria saindo caro demais. Questionado sobre as medidas que a empresa tomou para evitar que isso se repetisse na quinta geração de smartphones, Campos afirmou que a companhia “comeu bola” no desenvolvimento da família 4 por não ter seguido na direção das telas maiores, no formato 18:9. Por esse motivo, foi necessário mudar a forma como os lançamentos da taiwanesa são planejados.“Uma das coisas que percebemos é que nosso planejamento para todos os produtos, de fazer anualmente um refresh da família inteira, não funciona mais. Mudamos o número, o que faz a pessoa entender que é uma nova geração, e focamos nisso. E no Zenfone 5 você essa mudança acontecendo. Não é aquele monte de aparelhos. Falamos em três dispositivos, e dois deles são muito parecidos, o 5 e o 5z”, pontua.
“Fazer isso, usando as mesmas partes e mudando a placa lógica, processador, memória e essas coisas, é na verdade para ganhar mais escala de produção. A gente ainda não é grande como uma Samsung, Apple. Estamos brigando para encontrar nosso lugar ao sol. Nesse processo, precisamos aumentar o número de peças que são parecidas para ter um custo melhor. Isso mudou bastante para os Zenfones 5 e o 5z, que têm uma diferença de preços bem menor do que entre o 4 e o 4 Pro. Estamos aprendendo como fazer o flagship chegar com um custo muito mais baixo”, explica.
Preparativos para a realidade brasileira
O Zenfone 5 Selfie foi anunciado com opções com dois processadores, o Snapdragon 430 ou o 630. Ao ser perguntado se ambos vão ao Brasil, Marcel Campos diz que deseja que ambos sejam levados, mas diz que a equipe da ASUS no país tem autonomia para decidir isso. Mesmo assim, ele diz tentar influenciar em coisas que acha fazerem para o nosso mercado.“Por exemplo, o Zenfone 4 Pro eu também achava que não tínhamos que levar porque não iríamos fabricar localmente e o preço sairia perto dos R$ 6 mil. Tá louco, né? Imagina. Vocês estão metendo o pau por causa do notch [na tela], imagina se tivesse o preço da Apple. Então falamos: ‘okay, não dá’. E a gente brigou, eu briguei bastante, inclusive, para convencer todo mundo a trazer o [modelo da geração passada com o Snapdragon] 660 para o Brasil, porque aí teríamos um aparelho em um posicionamento completamente diferente”, afirma.
Falando do Zenfone 4 com essa configuração, a pouca disponibilidade do produto logo após o lançamento incomodou os fãs da marca. “A gente trouxe o 660 importado, subsidiando o preço dele para ver como ele se comportava, e ele não parava. Trazia, por exemplo, 300 unidades importadas, batia no nosso site de vendas e no mesmo dia acabava, em questão de horas”, explica Campos, dizendo que a empresa então decidiu fabricar esse modelo no Brasil.
“Só que precisamos fazer outra configuração para ter o preço mais competitivo, e para isso tem que ter outro registro na Anatel, o que leva mais dois meses. Depois tem que mudar toda a parte de peças e preparar a fabricação no país para o 660. Isso tudo levou mais 3 ou 4 meses. Foi o tempo que a gente precisou para trazer esse modelo com 4 GB de RAM e deixar competitivo. Hoje tem unidades para caramba [nessas configurações]”, ressalta.
Por Leonardo Rocha, Tecmundo
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